segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

José Tadeu Carneiro Cardoso 
  
Mestre Camisa Nascido em Jacobina, na Bahia no ano de 1956, iniciou-se na Capoeira nos anos 60, com seu irmão mais velho, Camisa Roxa. Em seguida mudou-se para Salvador, indo morar na Lapinha, onde continuou a praticar Capoeira nas rodas de rua, principalmente nas de Mestre Valdemar e Traíra, que eram realizadas na Rua Pero Vaz, posteriormente foi treinar na academia de Mestre Bimba onde se formou. Rodou todo o Brasil fazendo demonstrações de Capoeira na equipe de seu irmão, Camisa Roxa. Em 1972, com 16 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro e começou a dar aulas em academias. No Rio de Janeiro, Camisa se dedicou a pesquisa da Capoeira, desenvolveu seu próprio método de ensino, seguindo os conceitos inovadores de Mestre Bimba.
Passou a ensinar capoeira pelo grupo Senzala. Por volta de 1988 separou-se deste grupo e fundou a Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte-Capoeira (Abadá-Capoeira).
Viajou pra mais de 60 países divulgando a cultura brasileira e ensinando capoeira. Hoje, com os núcleos de capoeira já desenvolvidos, viaja o mundo ministrando palestras e cursos de capoeira nos 5 continentes.
Em 2011 recebeu o título de Doutor Honoris Causa ao Mestre Camisa, outorgado em 28 de maio de 2010 pelo Conselho Universitário da Universidade de Uberlândia. Indicado como personalidade eminente que contribui de modo relevante para o desenvolvimento da cultura afro – brasileira e detém valioso conhecimento sobre capoeira, Patrimônio Imaterial Brasileiro e se distingue por sua atuação cultural, social e educacional no Brasil e no exterior.
Formação:
- Capoeirista formado por Mestre Bimba.
- Mestre de capoeira da Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte Capoeira.
Experiência Profissional: - Presidente fundador da Federação ABADÁ Capoeira do Estado do Rio de Janeiro.
- Presidente e fundador da ABADÁ Capoeira (Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte Capoeira) reconhecida como uma instituição de utilidade pública. Responsável pela filiação de mais de 50 mil capoeiristas localizados em 26 estados do Brasil (só no Rio de Janeiro são mais de 100 professores de capoeira trabalhando com o grupo ABADÁ) e 53 países.
- Consultor técnico do 1º Curso de Nível Superior em Capoeira oferecido pela Universidade Gama Filho.
- Criador da CEMB – Centro Educacional Mestre Bimba, centro de treinamento específico para capoeira e ecologia, onde se desenvolve o projeto capoeira ecológica.
- Palestra na embaixada brasileira na França (1997).
- Parceria há mais de 20 anos com a UERJ (eventos, palestras, apresentação e shows de folclore e capoeira).
- Coordenador do Projeto Rio Criança Esporte (desenvolvido pela prefeitura da cidade do Rio de Janeiro) apoiando as crianças carentes.
- Palestra na união dos escritores de angola (sobre a origem da capoeira).
- Professor e pesquisador na disciplina de educação física – folclore e cultura popular – UERJ (palestras, oficinas, aulas e projeto de integração.
- Produção e edição de dois programas sobre capoeira na TV a cabo Sport TV (1997).
- Workshops de capoeira em geral (técnica, didática, ritmo, história) ministrados em universidades, escolas, academias em todos os estados do Brasil, na América do Norte e em mais de 20 países da Europa.
- Criou o Jornal mensal de capoeira – ABADÁ.
- Capoeira Espacial Inclusiva (prática de capoeira desenvolvida junto à várias instituições para portadores de necessidades especiais desde 1984).
- Incorporou expressões de capoeira pra o dicionário Aurélio. Como Mestre de Capoeira.
- Projeto Volta ao Mundo: Palestras, cursos, seminários e shows em todos os estados do Brasil e 30 países dentre os quais: Alemanha, França, Japão, Inglaterra, Itália, Israel, Angola, etc. com o objetivo de divulgar a cultura brasileira através da capoeira.
- Eleito melhor capoeirista do Brasil pela antiga revista DÔ de Artes Marciais (1977).
- Participou de vários programas de TV, dentre os quais: Fantástico – TV Globo; Programa Realce – TV Bandeirantes; Jô Soares 11:30 – TV Globo; Aqui e Agora – SBT; Sem censura – TVE, Espacial de Capoeira – TVE; Show do Esporte – TV Globo; Esporte Espetacular – TV Globo; Documentário – TV Japonesa; Noticiário NBC EUA; TV DW Alemã; Documentário TV Francesa; Documentário TV Suíça.
- Ministrou aulas nos seguintes estabelecimentos: Escola Naval, Academia Saga, Academia Nissei, Casa do Estudante, Colégio Divina Providência, Ginásio Samurai, Clube Guanabara, Lagoa Sport, Academia Faixa Preta, Academia Scrett, Escola de Belas Artes (UFRJ), Ass. Dos Servidores civis do Brasil, Clube de Natação Santa Luzia, Tijuca Country Club, Colégio Souza Leão, Escola de Engenharia, Academia Dukan.
- Produziu e/ou participou dos seguintes shows em Teatros: Cantos e danças da Terra (Teatro Gláucio Gil e Galeria, Circo Voador Arpoador RJ); Balé Brasileiro (Teatro João Caetano) Furacões da Bahia (Canecão e Teatro Opinião) Brasil Tropical (Gold Room e Hotel Nacional) Heranças de Angola (Teatro Vila Velha) Show de Capoeira (Circo Voador) Viva Bahia (Teatro Castro Alves BA)


Grão-Mestre Camisa Roxa
Edvaldo Carneiro da Silva



Mestre Camisa Roxa  foi considerado o melhor aluno de Mestre Bimba. É Grão-Mestre da Abadá-capoeira, título vitalício para o qual foi escolhido por um conselho de Mestres de notório saber. Sua função é de orientador e consultor, sendo o seu título o mais alto grau na Abadá-capoeira. É o capoeirista que mais divulgou a Capoeira pelo mundo, viajou por mais de 50 países, levando a Capoeira como manifestação de arte e cultura brasileira.
Camisa Roxa nasceu em 1944, na Fazenda Estiva, no interior da Bahia. Começou a praticar Capoeira aos 10 anos de idade como divertimento, o que mais tarde foi copiado por todos os outros irmãos. Na década de 60, foi para Salvador fazer o científico e começou a treinar na Academia de Mestre Bimba, onde se formou e foi considerado o melhor aluno pelo Mestre. Seus irmãos Ermival, Pedrinho e Camisa também se formaram na Academia de Bimba.
O apelido do Grão Mestre surgiu devido ao fato de que ele sempre freqüentava as rodas de Capoeira da Bahia vestindo uma camisa roxa da qual gostava muito. Gostava também de jogar nas rodas de Capoeira tradicional da academia de Mestre Pastinha e nas rodas dos Mestres Waldemar e Traíra na rua Pero Vaz, onde era muito respeitado por sua postura e o grande conhecimento que possuía dos fundamentos da Capoeira.
Camisa Roxa pensa a Capoeira como um todo, reunindo Regional e Angola. “Na verdade, bem poucas pessoas compreenderam a verdadeira intenção de Mestre Bimba”, declara o Grão Mestre. “Primeiro ele ensinava com seu método uma Capoeira alta, mas com o tempo a pessoa deveria aprender a jogar baixo”, completa.
Camisa Roxa é responsável pela coordenação da Abadá-capoeira na Europa, e realiza regularmente cursos práticos de reciclagem para os instrutores e professores que atuam por lá. É também o organizador do Encontro de Primavera Capoeira na Europa e Jogos Europeus da Abadá-capoeira. Estes eventos visam à integração e a atualização de capoeiristas na Europa através de aulas teóricas e práticas ministradas por mestres convidados do Brasil.
Hoje o Grão Mestre dedica grande parte do seu tempo a pesquisas sobre capoeira, sempre em busca de novos caminhos e ampliação de sua visibilidade no mundo. Para ele, no Brasil deveria haver mais união entre os diferentes grupos, para que seja possível estabelecer uma ordem nas atividades e nos ensinamentos. “Talvez uma Capoeira mais disciplinar e a união entre os líderes, produza uma Capoeira com mais responsabilidade e profissionalismo”, afirma. Camisa Roxa diz que ao passar sua experiência procura retribuir tudo o que a Capoeira lhe deu até hoje.


A Biografia de Mestre Pastinha.



A lição do velho Benedito
Conforme as palavras do próprio mestre que dizia ter aprendido a capoeira com a sorte...

"Quando eu tinha uns dez anos - eu era franzininho - um outro menino mais taludo do que eu tornou-se meu rival. Era só eu sair para a rua - ir na venda fazer compra, por exemplo - e a gente se pegava em briga.



Só sei que acabava apanhando dele, sempre”. Um dia, da janela de sua casa, um velho africano de nome Benedito, que sempre assistia as lutas de pastinha disse: “Vem cá, meu filho. Você não pode com ele, sabe, porque ele é maior e tem mais idade. O tempo que você perde empinando raia vem aqui no meu cazuá que vou lhe ensinar coisa de muita valia. Foi isso que o velho me disse e eu fui".

Este foi o início de mestre Pastinha na capoeira. Vicente Ferreira Pastinha nasceu em cinco de abril de 1889. Fruto da união entre um espanhol, José Señor Pastinha e de uma baiana, Eugênia Maria de Carvalho, nasceu na Rua do Tijolo em Salvador, Bahia.

Depois que o menino conheceu o velho Benedito, passou a frequentar a sua casa todos os dias, treinando e aprendendo as mandingas dos escravos, até que certa vez se encontrou com seu rival mas desta vez foi diferente. Pastinha acabou levando a melhor deixando o menino no chão e sem entender nada. Dizem os relatos que acabaram tornando-se amigos depois.

Durante esse período, o menino pastinha também frequenta o Liceu de Artes e Ofício, onde aprende entre outras coisas a arte da pintura. Em 1902 Pastinha entra para e escola de aprendizes marinheiros, onde passaria oito anos de sua vida. Lá ele ensina a arte da Capoeira aos seus colegas e aprende também a arte da esgrima e a tocar violão. Em 1910, deu baixa na marinha, com 21 anos, resolvido a se dedicar à pintura e ao ensino da capoeira (às escondidas porque a capoeira ainda era proibida pelo código penal), neste período começa a ensinar o seu primeiro aluno: “Raimundo Aberrê”, que conforme mestre Pastinha ia todos os dias à sua casa aprender a capoeira. De 1913 a 1934, Mestre Pastinha se afasta da capoeira devido à forte repressão da época que mantinha a sua prática na ilegalidade. Nesse tempo, mestre Pastinha que sempre desejou viver da sua arte, teve que trabalhar como, pintor, pedreiro, entregador de jornais e até tomou conta de casa de jogos. Este último relatado por ele próprio: 
 
“Passei a tomar conta de casa de jogo. Para manter a ordem. Mas mesmo sendo capoeirista eu não descuidava de um facãozinho de doze polegadas e de dois cortes que trazia comigo. Jogador profissional daquele tempo andava sempre armado. Assim quem estava sem arma nenhuma no meio deles bancava o besta. Vi muita arruaça, algum sangue, mas não gosto de contar causos de briga minha.”

A primeira academia
Em 1941 Mestre Pastinha é convidado pelo seu antigo aluno Aberrê a assisti-lo numa roda no bairro da Gengibirra, onde segundo o mestre, era um ponto de encontro dos maiores mestres de capoeira da Bahia. “Lá só havia mestre, não tinha alunos” – dizia Pastinha. Aberrê disse que perguntaram quem tinha sido seu mestre e ele dizendo o nome de Pastinha mandaram chamá-lo ao qual Aberrê imediatamente o fez. Ao chegar à roda, Pastinha foi apresentado para um mestre conhecido como “Amorzinho”, um guarda civil que tomava conta da roda e imediatamente entregou o berimbau e a responsabilidade para o mestre.  Estavam lançadas as sementes do que seria a primeira escola de Capoeira Angola. Foi fundado então o CECA, Centro Esportivo de Capoeira Angola, nome dado pelo próprio mestre, localizado no Largo do Cruzeiro de São Francisco.  Após a morte de Amorzinho, em 1943, o centro foi abandonado por todos os mestres, mas mesmo assim Pastinha continuou.

Em fevereiro de 1944 há uma reorganização e em 23 de março do mesmo ano vão para o Centro Operário da Bahia. Em 1949, num domingo Pastinha foi convidado por dois camaradas para ver um terreno na fábrica de sabonetes Sicool no Bigode, onde recebeu o apoio e auxilio dos moradores. O centro ali se instalou e foram feitas as primeiras camisas em preto e amarelo, cores inspiradas no Clube Atlético Ypiranga, clube muito querido pelo mestre e pelas classes sociais mais populares de Salvador.  Uma das curiosidades dessa época é que Mestre Pastinha, avaliando cada um dos seus alunos, fazia um desenho na camisa, conforme os seus movimentos mais característicos.

Enfim o reconhecimento
Finalmente em 1° de outubro de 1952 o CECA foi oficializado. Veja o artigo  original abaixo:
“O Centro Esportivo de Capoeira Angola, fundado a 1° de Outubro de 1952, com sede na cidade de Salvador, Estado da Bahia, é constituído de número limitado de sócios, tem a finalidade de ensinar, difundir e desenvolver teórica e praticamente a capoeira de estilo genuinamente “Angola”, que nos foi legada pelos primitivos africanos aportados aqui na Bahia de Todos os Santos.”
Em maio de 1955, o CECA muda de endereço e vai para o Largo do Pelourinho n° 19, onde permaneceu por 16 anos. Durante esse tempo Mestre Pastinha ficou muito conhecido chegando a ser entrevistado por jornais e revistas importantes da época. Sua academia recebia visitas ilustres como, Jorge Amado, o ilustrador Carybé, o filósofo Jean Paulo Sartre, o ator Jean Paul Belmondo, além de turistas de todo o Brasil.

Em cinco de julho de 1957, Mestre Pastinha apresenta a capoeira angola com seus alunos no festival Bahiarte, na Lagoa do Abaeté onde ocorre o seu primeiro encontro com Mestre Bimba. Os dois demonstraram passividade e respeito um pelo outro, deixando transparecer que a rivalidade entre os angoleiros e regionais, era criada pelos alunos e não pelos Mestres. O CECA ainda foi apresentado em vários outros estados, como, Pernambuco, Minas-Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.

Em 1964 o Mestre publica o seu livro intitulado “Capoeira Angola”, onde o escritor Jorge Amado teve o prazer de escrever:


“... mestre da Capoeira de Angola e da cordialidade baiana, ser de alta civilização, homem do povo com toda a sua picardia, é um dos seus ilustres, um dos seus abas, de seus chefes. É o primeiro em sua arte. Senhor da agilidade e da coragem, da lealdade e da convivência fraternal. Em sua escola no pelourinho, Mestre Pastinha constrói cultura brasileira, da mais real e da melhor...” 

Além do livro, o mestre gravou também um disco com cinco faixas. O disco intitulado “Pastinha Eternamente”, conta com depoimentos na voz do próprio mestre e músicas de capoeira, cantadas por Mestre Traíra. Este disco é simplesmente uma raridade e está disponível para download na internet. No final do post disponibilizarei o link para o download. 

Em abril de 1966, integrou a delegação brasileira no 1° Festival de Artes Negras, no Senegal, Dakar na África, onde recebe várias homenagens e confirma que na África não existe qualquer coisa que se pareça com a nossa capoeira. Com todo esse destaque Mestre Pastinha começa a receber o apoio de várias instituições governamentais até que em 1971 o destino (ou o sistema) lhe pregaria uma grande peça.

O golpe, a ingratidão,  o descaso
Em 1971 aos oitenta e dois anos de idade, Pastinha já quase cego por causa de uma catarata, é obrigado pela prefeitura a se retirar do casarão, que entraria em reformas, com a promessa de que assim que estivesse pronto poderia voltar. E voltou?
Mestre Pastinha teve então que se mudar. Foi morar na Rua Alfredo Brito n° 14 no Pelourinho, em um quarto escuro, úmido e sem janelas. Único lugar que dava para pagar com o mísero salário que recebia da prefeitura, já que não podia contar mais com o dinheiro das aulas. Ainda na mudança, foram perdidos muitos móveis, quadros que o mestre pintava e fotografias, que juntos hoje, constituiriam um grande acervo cultural da nossa história.
Para piorar o prédio foi doado para o Patrimônio Histórico da Fundação do Pelourinho que posteriormente o vendeu para o SENAC que transformou o prédio em um restaurante. 
Este foi um dos maiores absurdos praticados contra a nossa cultura. Mestre Pastinha foi usado, enganado e abandonado.

Tristeza
Após a mudança e a perda de sua academia, Pastinha entra em uma profunda depressão e em 1979 com 90 anos é vítima de um derrame cerebral, que o levou a ficar internado por um ano em um hospital público. Após esse período foi enviado para o abrigo para idosos Dom Pedro II, onde permaneceu até a sua morte. Mestre Pastinha morreu cego, quase paralítico e abandonado.
  
No dia 13 de novembro de 1981, aos 92 anos, o Brasil perdia um dos seus maiores mestres. Não só o mestre da capoeira angola, mas o mestre da filosofia popular. O menino fraco e magrinho que conquistou o respeito e admiração do mais forte.

A estrela ainda brilha
Mestre Pastinha foi um dos maiores ícones da cultura do Brasil. Dedicou sua vida inteira em favor da nossa cultura, ajudou a tirar a capoeira da ilegalidade e a colocá-la no seu devido lugar como prática esportiva e cultural, preservou e divulgou a nossa arte até fora do país, ensinou jovens e adultos a enxergar a vida de uma forma simples, mas nobre. Mestre Pastinha foi uma estrela que veio para a terra em forma de homem, para nos ensinar a filosofia da simplicidade, mas teve que voltar ao céu, pois o seu brilho já não cabia mais aqui em um lugar tão pequeno. Um homem que transformou e formou crianças em grandes adultos e fez os mais velhos brincarem como crianças, literalmente de pernas pro ar.

Os frutos
Os mais antigos discípulos do mestre em atividade são: Mestre João Pequeno, que reabriu o CECA um ano depois da morte de Pastinha, no Forte de Santo Antônio do Carmo e Mestre João Grande, que reside em Nova York desde 1990, onde ensina capoeira para pessoas do mundo todo.
Hoje a memória de Mestre Pastinha continua viva nas rodas de capoeira que se espalharam pelos quatro cantos do mundo. E em cada uma dessas rodas, onde são entoadas as ladainhas da Capoeira Angola, Mestre Pastinha está lá.